Doenças que a vacina previne
O HPV
- vírus do papiloma humano, do inglês -, traz dados alarmantes: segundo
o Ministério da Saúde, 137 mil novos casos são registrados por ano no
Brasil. Esse vírus é tido como o responsável por 90% dos casos de câncer de colo do útero,
além de atuar como protagonista em casos de câncer de pênis. Ele é o
principal responsável por inúmeras doenças da região genital - que
compreende colo, vagina, vulva e ânus nas mulheres e, nos homens, pênis e
ânus. Assim como as verrugas na região genital e da boca, os cânceres
causados pelo vírus do papiloma humano são recorrentes: no colo do
útero, vulva, pênis e pele.
Indicações da vacina contra HPV
A
Anvisa recomenda a vacinação para mulheres a partir dos nove anos - em
especial para aquelas que ainda não iniciaram sua vida sexual, para
garantir maior eficácia na proteção. Homens entre nove e vinte e seis
anos de idade, em função do risco de câncer anal, também recebem
indicação para a vacinação. Vale lembrar, no entanto, que a vacina não
dispensa o uso de preservativos na relação sexual.
Grávida pode tomar essa vacina?
Por ser uma
vacina desenvolvida recentemente, ainda não existem estudos científicos
suficientes que garantam a segurança da vacinação para grávidas.
Doses necessárias da vacina contra HPV
A aplicação é
feita em três etapas. Com a bivalente, a segunda dose é aplicada depois
de um mês da primeira e, a terceira, após cinco meses da segunda. Já na
quadrivalente, a segunda fase acontece apenas dois meses após a primeira
e, a terceira, também seis meses depois da inicial.
No Sistema Único de Saúde, o esquema é estendido, em que a segunda dose é aplicada seis meses depois da primeira e a terceira dose apenas após cinco anos da primeira.
No Sistema Único de Saúde, o esquema é estendido, em que a segunda dose é aplicada seis meses depois da primeira e a terceira dose apenas após cinco anos da primeira.
Administração da vacina contra HPV
A vacina contra
HPV é administrada através de Injeções
intramusculares.
Contraindicações
Fora a restrição
de idade - que acontece porque a Anvisa permite apenas a aplicação da
vacina em públicos onde estudos clínicos comprovaram sua eficácia - e as
pessoas que são alérgicas a algum componente da medicação, ainda não há
outras contraindicações.
Efeitos adversos possíveis
Também não há
evidências de efeitos colaterais, apenas possíveis desconfortos locais,
como edemas e dor onde a injeção foi aplicada. Estudos também indicam
não haver risco na aplicação dessa vacina em conjunto com a da hepatite
B.
Onde encontrar a vacina contra HPV
A vacina contra o
HPV quadrivalente começou a ser distribuída pelo Sistema Único de Saúde
(SUS) para meninas de 11 e 13 anos a partir de 10 de março de 2014. Para
os demais, a vacina está disponível apenas na rede privada. Alguns
convênios médicos cobrem esta vacina no sistema particular de saúde.
Consulte sua operadora para ver se seu plano oferece essa cobertura.
Sobre o HPV
É um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto.
Estimativa da Organização Mundial da Saúde aponta que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18. Em relação ao câncer de colo do útero, estimativas apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4.800 óbitos. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, anualmente. A vacina não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais.
Fonte:
Ministério da Saúde