Diminuir para Somar
"Diminuir para somar - Ajuda a reduzir danos e aumentar as possibilidades de cuidado aos usuários de drogas"
Ministrada Por Cristiane Sampaio, a Redução de Danos aconteceu hoje no Auditório C do Instituto Philippe Pinel das 09 as 17 horas. O curso teve em inicio de uma forma dinâmica com a apresentação onde cada um destacou uma palavra chave do discurso anterior, acolhimento, contrato do grupo, conceituzação e conteúdo gerais sobre as drogas, os conceitos de risco e danos, reflexão sobre as diferentes fontes de prazer, aconselhamentos e manejo de demanda.
Um pouco sobre Redução de Danos....
A abstinência não pode ser, então, o único objetivo a ser alcançado. Aliás, quando se trata
de cuidar de vidas humanas, temos de, necessariamente, lidar com as singularidades, com
as diferentes possibilidades e escolhas que são feitas. As práticas de saúde, em qualquer
nível de ocorrência, devem levar em conta esta diversidade. Devem acolher, sem julgamento,
o que em cada situação, com cada usuário, é possível, o que é necessário, o que está sendo
demandado, o que pode ser ofertado, o que deve ser feito, sempre estimulando a sua
participação e o seu engajamento.
Aqui a abordagem da redução de danos nos oferece um caminho promissor. E por quê?
Porque reconhece cada usuário em suas singularidades, traça com ele estratégias que
estão voltadas não para a abstinência como objetivo a ser alcançado, mas para a defesa de
sua vida. Vemos aqui que a redução de danos se oferece como um método (no sentido de
methodos, caminho) e, portanto, não excludente de outros. Mas, vemos também que o
método está vinculado à direção do tratamento e, aqui, tratar significa aumentar o grau de
liberdade, de co-responsabilidade daquele que está se tratando. Implica, por outro lado, o
estabelecimento de vínculo com os pro f i s s i o n a i s, que também passam a ser co-responsáveis
pelos caminhos a serem construídos pela vida daquele usuário, pelas muitas
vidas que a ele se ligam e pelas que nele se expressam.
de cuidar de vidas humanas, temos de, necessariamente, lidar com as singularidades, com
as diferentes possibilidades e escolhas que são feitas. As práticas de saúde, em qualquer
nível de ocorrência, devem levar em conta esta diversidade. Devem acolher, sem julgamento,
o que em cada situação, com cada usuário, é possível, o que é necessário, o que está sendo
demandado, o que pode ser ofertado, o que deve ser feito, sempre estimulando a sua
participação e o seu engajamento.
Aqui a abordagem da redução de danos nos oferece um caminho promissor. E por quê?
Porque reconhece cada usuário em suas singularidades, traça com ele estratégias que
estão voltadas não para a abstinência como objetivo a ser alcançado, mas para a defesa de
sua vida. Vemos aqui que a redução de danos se oferece como um método (no sentido de
methodos, caminho) e, portanto, não excludente de outros. Mas, vemos também que o
método está vinculado à direção do tratamento e, aqui, tratar significa aumentar o grau de
liberdade, de co-responsabilidade daquele que está se tratando. Implica, por outro lado, o
estabelecimento de vínculo com os pro f i s s i o n a i s, que também passam a ser co-responsáveis
pelos caminhos a serem construídos pela vida daquele usuário, pelas muitas
vidas que a ele se ligam e pelas que nele se expressam.
A compreensão humana não é um exame desinteressado, mas recebe infusões da vontade e dos afetos. Disso se originam ciências que podem ser chamadas “ciências conforme a nossa vontade.” Pois o homem acredita mais facilmente no que gostaria que fosse verdade. Assim ele rejeita coisas difíceis pela impaciência de pesquisar; coisas sensatas porque diminuem a esperança; as coisas mais profundas da natureza por superstição; a luz da experiência por orgulho; coisas que não são comumente aceitas, por deferência a opinião do vulgo. Em suma, inúmeras são as maneira, e as vezes imperceptíveis, pelas quais os afetos colorem e contaminam o entendimento”
Francis Bacon - 1620
Francis Bacon - 1620
Postado por Iris ACS Equipe Dois Irmãos